segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
A pintura egípcia foi essencialmente mural. Antes de começar a trabalhar, o artista traçava um quadriculado utilizando um barbante esticado tingido de vermelho, que deixava uma linha descontínua sobre a superfície. Em seguida se realizava o primeiro desenho. Sobre ele se aplicavam cortes a têmpera, começando pelas partes mais claras ( fundos, roupas), começando pelas mais escuras (cabelos, olhos) até a finalização, com o retoque dos contornos.
Essas pinturas tinham base modelos irreais, onde o corpo era representado em diversas perspectivas. Assim, o rosto era desenhado de perfil; o olho e o tronco era representados de frente; os quadris em posição intermediária, e as pernas de perfil. Os dedos dos pés sempre eram pintados com o polegar visto em posição exterior e, apesar de serem apenas esboçados na representação dos deuses e dos faraós, eram representados detalhadamente nos demais casos. O emprego de cores chapadas e o desconhecimento das leis da perspectiva são uma característica dessas obras.
Nas tumbas reais, faraós e rainhas aparecem junto aos deuses em postura subalterna. Nas tumbas dos nobres, o morto e sua família eram representados em atividades próprios de sua classe: caçando ou pesquisando, reunidos em grandes festas, fazendo oferendas aos deuses ou vigiando seus escravos. As paredes das tumbas dos menos poderosos (artesões, comerciantes, funcionários) eram decoradas com cenas de sua própria vida diária, as mais espontâneas e informais.
Nos papiros, especialmente no Livro dos Mortos, desenhos e escrituras se uniam para representar cenas além-túmulo com recomendações e fórmulas mágicas que ajudassem a alcançar a vida ultraterrena.que ajudassem a alcançar a vida ultraterrena.
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